Tecido cerebral com aspecto espongiforme
A encefalopatia espongiforme bovina, ou mal da vaca louca, é uma doença priônica que afeta bovinos. De evolução bastante rápida após o surgimento dos sintomas, estes animais geralmente não resistem mais do que seis meses. Dificuldade de locomoção e nervosismo são as principais manifestações observáveis.
Acredita-se que a gênese desta doença está no fornecimento de ração para estes animais contendo carcaças de ovinos sem o devido aquecimento, como era feito na década de 70 e 80. Como provavelmente alguns destes espécimes estariam infectados pelo Scrapie (outra doença priônica); e pelo fato de que menos de uma grama de material do sistema nervoso é suficiente para contaminar um único indivíduo, esta é a hipótese mais aceita até o momento.
Uma doença causada por príons cujos sintomas são semelhantes ao mal da vaca louca e que acomete indivíduos da nossa espécie chama-se doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Esta, transmitida por meio de transfusões de sangue, contato com instrumentos cirúrgicos contaminados, herança genética ou de surgimento esporádico; causa dificuldades de locomoção e demência progressiva, sendo muitas vezes confundida com a demência senil ou Alzheimer. Sua incidência anual é de um caso a cada dois milhões de pessoas e, geralmente, leva o indivíduo a óbito em menos de um ano após o surgimento dos sintomas.
A nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, ou vDCJ, está relacionada ao consumo de carne bovina ou seus derivados contaminados pela encefalopatia espongiforme. Com período de incubação menor do que a anterior, ou seja: afetando indivíduos jovens, as manifestações sintomáticas são semelhantes.
Até o presente momento, nenhuma destas doenças é detectável em fase precoce e, após o surgimento dos sintomas, o que se pode verificar são as alterações na região do sistema nervoso central por meio de ressonância magnética e tomografia computadorizada, mas que são semelhantes a outras doenças neurológicas degenerativas. Assim, somente analisando o material cerebral ao microscópio, após o óbito, é que pode ser feito o diagnóstico confirmatório.
Como as doenças priônicas são incuráveis, o tratamento visa retardar e controlar os sintomas.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
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