terça-feira, 4 de outubro de 2011

Penicilina

História

Alexander Fleming, o descobridor da penicilina.
A penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório no Hospital St. Mary em Londres. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colônias deste não havia mais bactérias. Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard Florey , Ernst Chain da Universidade de Oxford e Norman Heatley, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana.A penicilina ajudou muito a sociedade daquela época e hoje também.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FUNGOS
MICOLOGIA estudo dos fungos (= mikas ; myketos).
Os fungos são organismos eucariontes não vasculares, heterótrofos que se alimentam digerindo, através de exoenzimas, e depois ingerindo, ao contrário dos animais que ingerem para posteriormente digerirem. Nas classificações antigas eram agrupados no reino Metaphyta (Vegetal), juntamente com as plantas, posteriormente, foram agrupados no reino Protozoa (Protista), com algas e protozoários. Porém, a tendência atual é classificar os fungos num reino a parte, o reino Fungii (Fungi), em virtude de suas características peculiares.
Características  Gerais
Os fungos ou seus esporos são encontrados praticamente em todos os ambientes: água, terra, ar e nos organismos (como parasitas ou mutualísticos). Suas células eucarióticas possuem membrana esquelética de quitina (polissacarídeo que aparece no exoesqueleto de artrópodes). Apresentam também outras características de animais, como glicogênio (reserva de açúcar) e centríolos.
Estrutura
Os fungos são compostos por células especiais chamadas hifas, e o emaranhado destas constituem o micélio. Podemos diferenciar os fungos de acordo com suas hifas.
Septadas
Hifas separadas umas das outras através de um septo. Podem ser:
Uninucleada Hifas que possuem apenas 01 núcleo
Multinucleada Hifas que possuem 01 ou mais núcleos
Cenocíticas
Hifas que não possuem septos que separam umas das outras
Estrutura Corporal
Os fungos podem ser divididos em Mixomicetos e Eumicetos.
I. Mixomicetos
Fungos primitivos, saprófitos e constituem grandes massas citoplasmáticas pluricelulares.
Locomovem-se através de pseudópodos.
II. Eumicetos
São os fungos verdadeiros.
O corpo dos fungos é formado por numerosos filamentos denominados hifas. A hifas formam um emaranhado que se chama micélio.
Reprodução
Os fungos apresentam reprodução assexuada e reprodução sexuada.
Reprodução Assexuada
Fragmentação: A reprodução assexuada por fragmentação é a mais simples observada nos fungos. Um micélio fragmenta-se (quebra-se) e origina dois novos micélios.
Brotamento ou Gemulação: Algumas leveduras como Saccharomyces cerevisae (que causa a fermentação da cerveja) reproduz-se através de brotamento, ou seja, a formação de um broto, que geralmente se separam do genitor, mas podem permanecer unidos, formando cadeias de células.
 
Esporulação: Reprodução através da formação de esporos, células dotadas de paredes resistentes, que ao germinar, produzem hifas.
Reprodução Sexuada
a) Zigosporo: A reprodução sexuada por zigosporos ocorre quando hifas de sexos opostos entram em contato e formam hifas especialidas chamadas gametângios, que crescem uma em direção à outra e se fundem. Um ou mais núcleos se fundem com o do sexo oposto formando zigitos diplóides. A região onde os gametângios se fundiram diferencia-se em uma estrutura esférica onde o zigoto sofrerá meiose e cada um dos 04 esporos haplóides formados darão origem a um novo micélio.
b) Ascósporo: Ocorre também com o encontro de hifas de sexos diferentes, neste caso as hifas se fundem originando células com 02 núcleos. Em algumas células esses núcleos se fundem originando um núcleo zigótico diplóide, que sofrerá mitose e originará 08 núcleos haplóides chamados ascósporos. A hifa onde ocorreu tudo isso é chamado de asco.
c) Basidiósporo: Com o encontro de hifas de sexos diferentes e fusão nuclear, formam um micélio com hifas binucleadas. Essas hifas se organizam em uma estrutura compacta chamada de basidiocarpo. No basidiocarpo, algumas hifas se diferenciam em basídios, onde ocorre a fusão dos núcleos, resultando num núcleo zigótico diplóide, que sofre mitose e origina 04 esporos haplóides denominados basidiósporos.

OS SERES VIVOS Reino dos fungos


           Você já ouviu falar em mofos ou bolores? Em certas condições eles ocorrem em paredes, na roupa, nos sapatos, no pão, nas frutas, etc. E em micoses? São causados por fungos. Frieiras, monilíase ("sapinho") são exemplos de micoses.
            Ao reino dos fungos pertencem todos os seres conhecidos por mofos, bolores, cogumelos e leveduras. São seres vivos sem clorofila e podem ser unicelulares ou pluricelulares. Não possuem um tecido verdadeiro e suas células apresentam parede celular de quitina. A área da ciência que estuda os fungos é a micologia.
            Os fungos pluricelulares geralmente apresentam filamentos microscópicos chamados hifas. Elas se entrelaçam formando uma espécie de massa, que recebe o nome de micélio. No cogumelo-de-chapéu, o micélio apresenta "abas" onde se encontram inúmeras hifas férteis, produtoras de esporos.
            Os fungos podem viver de temperaturas que variam de 60 °C a -10 °C. Como heterotróficos, necessitam de alimento preexistente para a sa sobrevivência. Desenvolvem-se bem em lugares úmidos, com pouca luz e com matéria orgânica que usam para se alimentar.
            A maioria deles, assim como as bactérias, obtêm alimento decompondo a matéria orgânica do corpo de organismos mortos. Alguns obtêm alimento de outros seres vivos, com os quais se associam. Assim, os fungos podem ser decompositores, parasitas ou mutualísticos.
            Os decompositores (ou saprófitas) são fungos que se nutrem da matéria orgânica do corpo de organismos mortos (ou de partes que podem se destacar de um organismo, como pele, folhas e frutas que caem no solo), provocando a sua decomposição. Certos fungos, por exemplo, causam o apodrecimento de frutas ou de restos de vegetais e animais.
            Os parasitas são aqueles que vivem à custa de outro ser vivo, prejudicando-o e podendo até matá-lo. Muitas doenças dos vegetais são provocadas por fungos parasitas, como aqueles que atacam as folhas do café, causando a "ferrugem do café". Nos seres humanos, podemos citar o fungo Candida albicans, que pode se instalar na boca, faringe e outros órgãos, provocando o "sapinho".
            Os mutualísticos são aqueles que se associam a outros seres e ambos se beneficiam com essa associação. O líquen, por exemplo, é uma associação entre um fungo e uma alga. A alga, que tem clorofila, faz fotossíntese, produzindo alimento para ela e para o fungo. Este, por sua vez, absorve do solo água e sais minerais, que são, em parte, cedidos para a alga.
            Os fungos apresentam reprodução assexuada e sexuada.
            O mecanismo de reprodução dos fungos pode ser muito variado e relativamente complexo. Tomaremos como exemplo os cogumelos-de-chapéu e descreveremos sua reprodução de maneira simplificada.
            Nos cogumelos-de-chapéu, os esporos são produzidos no "chapéu", que contém estruturas chamadas de esporângios, formadas por hifas férteis. Uma vez produzidos pelos esporângios, os esporos são eliminados, podendo se espalhar pela ação do vento, por exemplo. Encontrando condições favoráveis, num certo local, os esporos germinam e originam hifas que formarão um novo fungo.
            A idéia mais comum que temos a respeito dos fungos é a de que eles crescem e se desenvolvem em lugares úmidos ou sobre alimentos estragados. Por isso, nunca pensamos neles como seres vivos muito importantes para a nossa vida e mesmo para o meio ambiente. Para demonstrar tal importância, vamos estudar agora alguns tipos de fungos.
            Os fiomicetos podem ser aquáticos ou terrestres e unicelulares ou pluricelulares. Como exemplo de fiomicetos, podemos citar os do gênero Rhizopus, conhecidos como bolor preto do pão. A maioria dos fiomicetos, assim como dos demais grupos de fungos, vive como decompositores. Assim, contribuem para a reciclagem da matéria na natureza.
            Entre os ascomicetos, podemos citar as leveduras, que são muito importantes para a produção de bebidas, como a cerveja, o vinho e o saquê, e para a fabricação de pães e bolos. No grupo dos ascomicentos, inclui-se o fungo Penicillium notatum, que produz um antibiótico poderoso e muito famoso, a penicilina.
            Também chamados cogumelos, alguns fungos deste grupo são comestíveis, outros não. Há fungos tóxicos que podem até matar se ingeridos em quantidade. Apenas o conhecimento e a prática podem ajudar na identificação de um fungo tóxico ou não tóxico.
Cogumelos comestíveis - cultivo
            O cultivo de champignon - um cogumelo comestível - no Brasil vem crescendo a cada ano e já é feito em grande escala nos estados de São Paulo e do Paraná.
            A técnica de cultivo consiste, inicialmente, em germinar esporos em um meio de cultura, composto de ágar, água de batata e algas marinhas. Vão se formar hifas e, mais tarde, micélios. Os micélios, então, são transferidos para outro meio de cultura, onde são sucessivamente repicados, originando novos micélios. Esta etapa dura em torno de um mês.
            Num segundo momento, os micélios são transferidos para um novo composto, formado de palha, bagaço de cana e outros componentes orgânicos misturados à terra. Neste composto, após vinte dias, os micélios originarão os primeiros cogumelos, que são colhidos a cada sete dias, durante um mês.
            Todas as etapas de cultivo são realizadas em galpões de construção simples, mas inteiramente vedados á luz, com controle de umidade e temperatura.
            A produção brasileira atual chega a 7 kg/m², ainda baixa, se comparada com a de países europeus - onde o controle de cultivo é totalmente computadorizado -, que é de 25 kg/m².
            Os cogumelos comestíveis contém de 2 a 10% de proteínas e são ricos em vitaminas do complexo B e sais minerais (potássio, cálcio, fósforo e magnésio).

Febre da Mordedura de Rato


O uso de luvas é imprescindível para profissionais que manuseiam cobaias
Ratos podem causar em nossa espécie a febre da mordedura do rato: doença rara e fatal. Apesar do nome, o indivíduo pode também ser infectado ao ingerir alimentos que tiveram contato com a saliva do animal; ou quando colocam à boca mãos ou objetos contaminados com suas fezes ou urina.

Quando o sujeito, por exemplo, ingere leite contendo Streptobacillus moniliformis e apresenta sintomas, dizemos que são decorrentes da febre de Haverhill. Quando se trata de mordedura, chamamos de estreptobacilose. Essa última se caracteriza pela manifestação de febre, vômitos e dores musculares e articulares e, após poucos dias, erupções cutâneas nas mãos e nos pés.

Caso não seja tratado, o indivíduo pode desenvolver complicações, tais como endocardite, pneumonia, pericardia e infartos.

Já a espiroqueta Spirillum minus é capaz de desenvolver uma variedade dessa doença denominada sodoku, quando se é mordido por este roedor. Neste caso, após a cicatrização do local, a inflamação reaparece, aproximadamente dez dias depois, acompanhada de febre, mal-estar, dor e aparecimento de ínguas. Esses sintomas podem cessar por poucos dias e reaparecer novamente, caso o tratamento não seja feito.

Assim, indivíduos de áreas urbanas onde há pouca higiene; pessoas que possuem esses roedores como animais de estimação; pesquisadores que têm contato com esse tipo de cobaia e alguns biólogos de campo, estão sujeitos, caso não tomem os devidos cuidados; que consistem no uso de luvas, lavar as mãos constantemente e evitar colocá-las na boca quando estiver próximo dos animais.

Em caso de mordedura, a ferida deve ser lavada com água e sabão, sendo imprescindível o atendimento médico. O profissional poderá analisar a necessidade de o paciente ser vacinado contra raiva e tétano.

Para diagnóstico, a análise de amostras de sangue é necessária, a fim de identificar as bactérias no material ou utilizá-lo para cultivo em culturas.

Para tratamento, a penicilina é indicada; entretanto, em casos de alergia, essa pode ser substituída por eritromicina, no caso de febre causada pela Streptobacillus moniliformis, ou tetraciclina para a sodoku.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

DOR DE CABEÇA


Sensações que podem dificultar a realização de atividades.
A dor de cabeça é uma sensação dolorosa que pode se manifestar de várias formas, na cabeça, no rosto ou no pescoço. Pode ser provocada por diversos fatores como extensão da musculatura dos ombros, pescoço, crânio e face, problemas neurológicos, hipertensão, disfunção tempromandibular, ansiedade, depressão, irritação e outros. Por existirem várias formas de desencadear a dor de cabeça existem aproximadamente 300 tipos de dor de cabeça.

Dentre as diversas formas de dor de cabeça, as mais freqüentes são as causadas por:

- Contrações musculares: provocam tensões nos músculos da face, pescoço, ombro, crânio e do diafragma num longo período de estresse, cansaço e outros.

- Dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais: ao se dilatarem pressionam os nervos e provocam a dor.

- Infecção ou aumento da pressão cerebral: também conhecida como dor secundária, é provocada quando há alguma doença como sinusite, tumores cerebrais, meningite, etc.

A dor de cabeça não pode ser considerada como doença, pois como pode ser percebido, é sempre um sinal de que algo está funcionando de forma anormal. Dessa forma, o importante é buscar orientação médica para fazer o diagnóstico correto e o tratamento adequado.

Como a forma mais comum é a tensional, normalmente o tratamento é feito baseado em métodos que aliviam a tensão muscular e ainda a ingestão de analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares, tranqüilizantes e antidepressivos.

Obs.: Quando ocorrerem dores de cabeça com freqüência ou três vezes em uma mesma semana, deve-se procurar o mais rápido possível um especialista, pois pode ser um sinal de um grave problema que necessita de tratamentos.

Doenças Fúngicas


Esporotricose: doença causada pelo fungo Sporothrix schenckii.

Muitas espécies de fungos são capazes de causar doenças em vegetais e animais, inclusive da nossa espécie. Encontrados no ar, em plantas, solo, água, alimentos, animais e objetos inanimados; podem colonizar a pele, genitais, e trato gastrointestinal e respiratório.

Alguns fungos, como a Candida albicans, vivem em nosso organismo sem, no entanto, causar danos. Porém, em casos onde há um aumento de sua população, estes organismos podem causar danos à pessoa acometida. No caso da candidíase, nome dado à infecção desta espécie de fungo, o indivíduo paciente tem corrimento genital de aspecto semelhante a requeijão, coceira e dor ao urinar.

Apesar de serem bastante incômodas e, geralmente, de tratamento mais longo do que o indicado para outras infecções, doenças fúngicas raramente oferecem risco de vida a pacientes saudáveis. Entretanto, até mesmo uma micose pode se mostrar como ameaça à vida de indivíduos imunocomprometidos, tais como soropositivos, indivíduos que sofreram queimaduras extensas, portadores de diabetes e leucêmicos. Infecções fúngicas são, inclusive, uma das principais causas de morte em pessoas nestas condições.

Fungos do gênero Aspergillus, por exemplo, são bastante agressivos, podendo comprometer os brônquios e, em casos mais raros, sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Alguns fungos podem, também, liberar toxinas – as chamadas micotoxinas. Estas, além de reações alérgicas, podem provocar, a longo prazo, doenças renais e hepáticas.

Considerando a grande variedade e versatilidade dos fungos, pode ser interessante conhecer mais um aspecto destes seres vivos.

Poliomielite


A gotinha contra a paralisia infantil.
A poliomielite é uma doença viral transmitida principalmente através de gotículas de saliva emitidas por pessoas contaminadas, ou através da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes contendo carga viral, propensa ao desenvolvimento da doença.

Os sintomas e afecções característicos podem resultar: em febre passageira acompanhada de mal-estar, em distúrbios irreparáveis do sistema nervoso e órgãos do sistema muscular. Atingindo normalmente as crianças, acometidas por paralisia infantil, quando não ocasiona falência orgânica.

As medidas profiláticas (preventivas) para controle dessa doença são:

- Evitar contato com pessoas doentes;
- Cuidados com o preparo dos alimentos, lavando bem as frutas e legumes antes de comê-los.
- Cuidados quanto à qualidade da água, certificando-se que seja realmente potável (própria ao consumo);
- E procurar orientação nos postos de saúde ou campanhas de multivacinação, para que sejam vacinadas as crianças (duas doses da Vacina Sabin).
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Doença da vaca louca


Tecido cerebral com aspecto espongiforme
Príons são partículas proteicas responsáveis por diversas atividades, como amadurecimento dos neurônios. Entretanto, podem se tornar patogênicas, causando doenças crônicas e degenerativas do sistema nervoso central, deixando tais regiões com aspecto de esponja, ao serem observadas ao microscópio. A transmissão pode se dar de forma infecciosa ou hereditária; não provocando respostas imunitárias ou inflamatórias no indivíduo acometido.

A encefalopatia espongiforme bovina, ou mal da vaca louca, é uma doença priônica que afeta bovinos. De evolução bastante rápida após o surgimento dos sintomas, estes animais geralmente não resistem mais do que seis meses. Dificuldade de locomoção e nervosismo são as principais manifestações observáveis.

Acredita-se que a gênese desta doença está no fornecimento de ração para estes animais contendo carcaças de ovinos sem o devido aquecimento, como era feito na década de 70 e 80. Como provavelmente alguns destes espécimes estariam infectados pelo Scrapie (outra doença priônica); e pelo fato de que menos de uma grama de material do sistema nervoso é suficiente para contaminar um único indivíduo, esta é a hipótese mais aceita até o momento.

Uma doença causada por príons cujos sintomas são semelhantes ao mal da vaca louca e que acomete indivíduos da nossa espécie chama-se doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Esta, transmitida por meio de transfusões de sangue, contato com instrumentos cirúrgicos contaminados, herança genética ou de surgimento esporádico; causa dificuldades de locomoção e demência progressiva, sendo muitas vezes confundida com a demência senil ou Alzheimer. Sua incidência anual é de um caso a cada dois milhões de pessoas e, geralmente, leva o indivíduo a óbito em menos de um ano após o surgimento dos sintomas.

A nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, ou vDCJ, está relacionada ao consumo de carne bovina ou seus derivados contaminados pela encefalopatia espongiforme. Com período de incubação menor do que a anterior, ou seja: afetando indivíduos jovens, as manifestações sintomáticas são semelhantes.

Até o presente momento, nenhuma destas doenças é detectável em fase precoce e, após o surgimento dos sintomas, o que se pode verificar são as alterações na região do sistema nervoso central por meio de ressonância magnética e tomografia computadorizada, mas que são semelhantes a outras doenças neurológicas degenerativas. Assim, somente analisando o material cerebral ao microscópio, após o óbito, é que pode ser feito o diagnóstico confirmatório.

Como as doenças priônicas são incuráveis, o tratamento visa retardar e controlar os sintomas.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Doença Celíaca


O trigo é um grão proibido aos celíacos.
A doença celíaca é um problema caracterizado pela auto-imunização que ocorre no intestino delgado que se manifesta quando algum alimento que contém glúten é ingerido. Normalmente a doença é percebida durante a infância (até três anos), mas pode se manifestar em qualquer etapa da vida.

Quando manifestada, a doença celíaca provoca diarréia crônica, perda de peso, fadiga, constipação intestinal, anemia ferropriva, câimbra, úlceras na boca, fraqueza, distenção abdominal associada ao afinamento de algumas partes do corpo, como o bumbum e as pernas, além de outros sintomas.

A doença quando se manifesta, reagindo contra o glúten, faz com que os nutrientes presentes no alimento ingerido sejam eliminados pelas fezes, ou seja, o organismo não consegue absorvê-los e encaminhá-los à corrente sanguínea.

A doença pode ser diagnosticada através do aparecimento dos sintomas e ainda pelo exame de sangue que estuda o soro sanguíneo, onde se pode perceber a presença do componente que provoca a reação. Infelizmente não há tratamento para a doença, pois é um problema genético. O importante para permanecer livre da reação corpórea é alimentar-se somente com substâncias isentas de glúten, como milho, arroz, mandioca, fubá, gordura vegetal, leite, queijos, peixes, carnes bovinas e suínas, inhame, soja, grão de bico, lentilha, batata e outros. Qualquer quantidade ingerida de alimentos com glúten pode prejudicar o portador da doença. Alimentos como cevados, malte, aveia, trigo e centeio não devem ser ingeridos.

Doação de Cordão Umbilical


Células do cordão umbilical: uma alternativa para tratamento
de doenças malignas que afetam células sanguíneas
No cordão umbilical há um número considerável de células hematopoiéticas – aquelas que podem dar origem a diversos outros tipos celulares sanguíneos. Por tal motivo, e também pela dificuldade de se encontrar um doador de medula compatível, o sangue de cordão umbilical vem sendo uma alternativa para o tratamento de pacientes portadores de doenças malignas que afetam as células sanguíneas, como: leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

As principais vantagens deste tipo de doação consistem em: disponibilidade imediata das células, utilização de sangue de uma fonte que até pouco tempo atrás era considerada lixo hospitalar e a possibilidade da realização do transplante sem que o doador seja submetido a procedimentos cirúrgicos. Além disso, para utilização destas células necessita-se de uma porcentagem menor de compatibilidade do que no caso da medula.

Uma das limitações deste método seria a existência de um limite de peso para o paciente, em função da quantidade de células-tronco retiradas do sangue do cordão. Entretanto, hoje se utiliza uma técnica que consiste em adicionar dois ou mais cordões compatíveis para uma mesma pessoa, driblando esta questão.

Considerando estes argumentos, em 2001 foi inaugurado o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) e, em 2004, a Portaria Ministerial n° 2381 criou oficialmente, em âmbito nacional, a Rede BrasilCord, coordenada pelo Inca e supervisionada pelo Ministério da Saúde. Tais iniciativas permitiram a criação de uma rede nacional de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, buscando beneficiar o maior número possível de receptores. Estes deverão ser cadastrados para que se identifique um doador compatível, para assim receberem as células, via transfusão.

Caso haja interesse quanto à doação, a mãe deverá assinar um termo de consentimento; fornecer informações acerca de sua história e de sua família (via questionário), a fim de evitar anormalidades e se consultar no período pré-natal. Vale lembrar que a genitora deverá ter entre 18 e 36 anos de idade e possuir idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta.

Logo após o nascimento, o cordão umbilical é separado do bebê e da placenta. O sangue desta última e do cordão passa por processo de drenagem, sendo depois coletado em bolsas. Estas são levadas a bancos de sangue específicos e armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a -190°C, pondendo ser conservadas por até 20 anos.

Para que seja possível a liberação do sangue para transplante, fazendo jus às instruções da legislação vigente, a mãe deve fazer exames sorológicos entre dois e seis meses após o parto sendo que, neste intervalo, são realizados testes no material coletado, para excluir a possibilidade de doenças genéticas e infecciosas.

Vale ressaltar que a doação é voluntária, confidencial e pode salvar uma vida!

Disenterias Bacterianas


O simples ato de lavar as mãos pode evitar as disenterias bacterianas
Disenterias bacterianas são causadas, geralmente, pela ingestão de determinadas bactérias juntamente com a água ou alimento. Ocorrem mais frequentemente no outono e têm quadros de diarreias como principal característica, que, geralmente sucessivas, manifestam-se com ou sem muco, dependendo do agente etiológico. Febre, mal-estar e desconforto abdominal estão geralmente associados, além de episódios de vômitos - principalmente em intoxicações alimentares. 
Salmoneloses, causada pela Salmonella typhi ou Salmonella paratyphi; shigeloses do tipo A, B, C e D, causadas pela Shigella dysenteriae, Shigella flexneri, Shigella boydii e Shigella sonnei, respectivamente; infecções por Escherichia coli enteropatogênicas, enterotoxigênicas, enteroinvasivas e entero-hemorrágicas, e pelo Vibrio cholerae; enterites causadas por bactérias do gênero Campylobacter e por Yersinia enterocolitica; enterocolite por Clostridium difficile e intoxicações alimentares estafilocócicas e as causadas em virtude da presença de Clostridium perfringens, Vibrio parahemolyticus e Bacillus cereus, são alguns exemplos de disenterias causadas por este tipo de organismo.

Ocorre, principalmente, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado e em situações onde a higiene pessoal deixa a desejar. Sobre isso, o simples ato de lavar as mãos frequentemente, além das frutas e legumes antes do consumo, reduz consideravelmente as chances de se adquirir uma disenteria bacteriana e outras doenças microbianas. Tais alimentos citados devem ficar imersos em água sanitária diluída por cerca de meia hora.
Geralmente as bactérias se alojam no intestino, algumas liberando toxinas. Os sintomas podem surgir em tempo variável, mas geralmente não ultrapassam uma semana após o contato. Em razão da perda excessiva de água e sais minerais, o indivíduo pode ter desidratação e ir a óbito caso não seja tratado.
A ingestão de água, sucos de frutas não laxativas e chás de ervas claras - sem açúcar – podem evitá-la. Crianças e idosos estão mais suscetíveis a essa consequência e, por tal motivo, devem buscar ajuda médica imediatamente. Adultos, caso não se curem em um prazo de dois dias, também devem recorrer a esse auxílio.
A construção de fossas sépticas, a fim de tratar biologicamente o esgoto doméstico em locais onde não há estação de tratamento de esgoto, e filtrar ou ferver a água de torneira ou de poço antes de ingeri-la são medidas importantes.
No caso de intoxicações alimentares, devem ser evitados alimentos cuja procedência é duvidosa. Em restaurantes, não ingerir saladas nem carnes cruas (nem malpassadas), ovos e tampouco maionese.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Cuidados com o Colesterol


Aterosclerose: formação de placas lipídicas (colesterol LDL) na parede das artérias.
O colesterol é uma classe de lipídeos (esteroides), com estrutura química relativamente complexa, abundante nos órgãos e tecidos dos animais.
Essa substância é transportada pelo sangue, associada a certos tipos de proteínas (as lipoproteínas), entre as mais conhecidas estão: a lipoproteína de baixa densidade e a de alta densidade, respectivamente denominadas por LDL e HDL, assumindo comportamentos antagônicos no organismo.
O colesterol LDL, também chamado de “colesterol ruim”, pode se acumular na parede das artérias, formando depósitos de gordura, contribuindo com a aterosclerose (doença que causa enrijecimento e perda da elasticidade das artérias, podendo causar o seu entupimento).
Já o colesterol HDL, conhecido como “colesterol bom”, é fundamental ao metabolismo do organismo, participando na composição membranar das células, síntese de hormônios sexuais masculinos e femininos (testosterona e estrógeno), produção de sais biliares, bem como vitamina D.
Dessa forma, uma alteração no nível de colesterol e elevada concentração de LDL (hipercolesterolemia) e baixa de HDL, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares que são agravadas por uma série de fatores: genéticos, dieta rica em gordura animal, diabetes e hábitos como, por exemplo, o alcoolismo.
A princípio, uma pessoa adulta saudável apresenta os seguintes índices para um equilibrado padrão de colesterol:
Nível de colesterol menor que 200mg / 100ml;
Um nível de LDL menor que 130mg / 100ml;
E um nível de HDL maior que 60mg / 100ml no sangue.
 

Coqueluche



A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é uma doença bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações - convulsões, pneumonias e encefalopatias - podem levar o indivíduo a óbito.

Causada pelas Bordetella pertussis e B. parapertussis, é disseminada por meio de gotículas e aerossóis de saliva e, no organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu período de incubação varia entre cinco e vinte e um dias.

Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estágio catarral. O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas após o anterior e tem como característica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível.

Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivíduo respire até que se encerrem. No término, o fôlego é retomado, geralmente por um “guincho respiratório”. As crises tendem a ser mais frequentes no período noturno.

Cerca de seis semanas após o início da manifestação da doença, os sintomas começam a desaparecer, progressivamente, até seu término: estágio de convalescença.

Essa doença bacteriana é mais grave quando ocorre em crianças com poucos meses de vida, já que a resistência dessas é menor e a falta de oxigênio momentânea pode afetar o organismo. Desta forma, em alguns casos, a internação é necessária.

Para diagnóstico, a observação do paciente e de seus sintomas é necessária. Exames de sangue e, em alguns casos, cultura das secreções a fim de identificar a presença da bactéria no organismo, complementam o exame.

O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste basicamente no uso de antibióticos. Quanto à prevenção, o uso precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída gratuitamente em postos de saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a imunização por aproximadamente dez anos.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.