sábado, 27 de agosto de 2011

Pneumonia


Trata-se de infecções que se instalam nos pulmões e causam inflamações. Podem acometer a região dos alvéolos pulmonares, onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, dos interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
Causas
Basicamente, as pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (como bactérias, vírus, protozoários, fungos, pneumococos e reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Esta doença pode se instalar quando há inalação, ingestão de bactérias que se proliferaram na boca ou pela condução de patógenos de outras infecções via corrente sanguínea. No primeiro caso, gotículas de saliva e secreções contaminadas propiciam o contágio.
Sintomas
Tosse, febre alta, calafrios, dores de ouvido, dor no tórax, alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada com rajas de sangue, toxemia e prostração. Se a doença não for tratada, o acúmulo de líquidos nos pulmões e ulcerações nos brônquios podem surgir.
Influências
O alcoolismo, o tabagismo, a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar obstrutiva crônica são condições que, sem exceção, predispõem à pneumonia. Isto também é verdadeiro para os indivíduos que apresentam supressão do sistema imune pelo uso de determinadas drogas (como as utilizadas no tratamento do câncer e para evitar a rejeição de um órgão transplantado). Os indivíduos debilitados, acamados, paralisados, inconscientes ou que apresentam uma doença que compromete o sistema imune (p.ex., AIDS) também correm risco. A pneumonia pode ocorrer após uma cirurgia, principalmente após uma cirurgia abdominal ou após um traumatismo, sobretudo um traumatismo torácico, em decorrência da respiração superficial resultante, do comprometimento da tosse e da retenção de muco. Frequentemente, os agentes causadores da pneumonia são o Staphylococcus aureus, os pneumococos, o Haemophilus influenzae, Bactérias Diplococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae ou uma combinação desses microrganismos.
Estudos
Frequentemente, a pneumonia tem sido a doença terminal de indivíduos portadores de outras doenças crônicas graves. A doença é a sexta causa mais comum de morte e a infecção hospitalar fatal mais identificada. Nos países em desenvolvimento, a pneumonia é a primeira ou a segunda causa principal de morte, sendo apenas suplantada pela desidratação causada pela diarréia grave. A pneumonia não é uma doença única, pode ser um conjunto de doenças distintas, cada uma causada por um microrganismo diferente. Nos adultos, as causas mais comuns são as bactérias (p.ex., Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella e Haemophilus influenzae). Os vírus (p.ex., da gripe e o da varicela) também podem causar pneumonia. O Mycoplasma pneumoniae, microrganismo semelhante às bactérias, é uma causa particularmente comum de pneumonia em crianças maiores e em adultos jovens.
Vítimas
A pneumonia afeta pessoas de todas as idades, desde que estejam com baixa imunidade. Por isso é comum saber de casos que partiram de uma gripe, fácil de contrair no verão, pelas mudanças climáticas e o grande período de chuvas. Apesar disso, diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente. Mas as principais vítimas da doença em período de enchentes são pessoas da terceira idade que ficam reféns das águas contaminadas. De acordo com o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), a taxa de hospitalização por gripe e pneumonia em idosos fica em média de 12,5 por 1.000 habitantes. Os dados de hospitalização do Sistema Único de Saúde (SUS) demonstram que a pneumonia é a terceira causa de internações entre indivíduos com 65 anos de idade ou mais, representando 6,8% do total de internações hospitalares no SUS, com um custo médio unitário de R$ 194,09. Pode causar morte.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, ausculta dos pulmões e radiografias do tórax são essenciais. Exames de sangue e de catarro podem ser solicitados, a fim de identificar o agente causador da doença e buscar o tratamento mais adequado. Geralmente, a pneumonia produz alterações características na transmissão dos sons, que podem ser detectadas através do estetoscópio. No entanto, em 50% dos indivíduos com pneumonia, a identificação do microrganismo responsável é impossível.
Tratamento
O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos em caso de origem bacteriana ou fúngica e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue por conta do alvéolo estar cheio de secreção e não funcionar para a troca de gases. Os principais antibióticos usados são as chamadas “quinolonas respiratórias”, dentre as quais podemos citar como exemplo a moxifloxacina, a gatifloxacina e a levofloxacina. Vale lembrar que, para a pneumonia, há vacina (a mesma indicada para meningite) e que esta, aliada à vacina contra o vírus influenza, são necessárias em caso de idosos, soropositivos, asplênicos, alcoólicos e demais pessoas com sistema imune debilitado.
Indicações
Os exercícios de respiração profunda e a terapia para eliminar secreções são úteis na prevenção da pneumonia em indivíduos de alto risco, como os debilitados ou submetidos a uma cirurgia torácica. Os indivíduos com pneumonia precisam eliminar as secreções. Também podem necessitar de suplementação de oxigênio, da administração de líquidos pela via intravenosa e de suporte ventilatório mecânico. Uma dieta apropriada e o isolamento do indivíduo doente são medidas igualmente importantes: o primeiro visando à recuperação do sistema imune da pessoa comprometida e o segundo a fim de evitar o contágio. Ficar em repouso é necessário.

Cuidados
Gripes que persistem por mais de uma semana e febre persistente devem ser motivo de atenção. Não fumar e beber exageradamente, alimentar-se bem, ter bons hábitos de higiene, sempre fazer a manutenção do ar-condicionado e evitar a exposição a mudanças bruscas de temperatura são medidas preventivas.

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