quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Como começa um formigueiro?

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Esta é mais uma matéria que tirei do Diário de Biologia, que vez ou outra trás alguma coisa relacionada com nossas pragas.
Mais uma ótima postagem da Karlla Patrícia
“Como começa a formação de um formigueiro?” Lorrane M. de Sá
“Me disseram que a formiga saúva é a mesma Tanajura. Mas a tanajura tem asa e a saúva não… A pessoa está certa?” A. Carlos do Carmo
“Por que depois de relâmpagos e trovões, quando o Sol está firme, aparecem as formigas Tanajuras, aquelas formigas com asas?” Tarcísio Miguel
Queridos Lorrane, A. Carlos e Tarcísio, são popularmente chamamos de “saúva” as diversas espécies de formigas do gênero Atta. Conhecidas também como formigas cortadeiras por cortarem folhas que são levadas para o formigueiro, para servirem de substrato para o cultivo do fungo do qual as formigas se alimentam. Como toda formiga, as saúvas possuem uma organização social incrível, dividida em castas: as operárias que são fêmeas estéreis, os machos menores que a rainha, chamados de bitus e a nossa querida rainha, a famosa tanajura ou Içá!
As tanajuras são bem maiores do que as operárias e juntamente como os bitus são criadas com muito carinho se alimentando do bom e do melhor dentro do formigueiro. Os dois grupos fazem o voo nupcial que acontece como uma revoada em dias claros, normalmente uma vez no ano no começo da estação chuvosa e dura pouco mais que uma hora. Uma chuva volumosa com direito a raios e trovões é como um aviso para a saída dos grupos. Para cada fêmea em vôo, há pelo menos sete machos. Os machos fecundam as fêmeas durante o vôo e com a conclusão do ato, sua missão está cumprida e eles morrem logo depois. Uma revoada pode contar com três mil tanajuras e vinte mil bitus. Essa proporção espera garantir a fecundação de todas elas. Na confusão, vários machos podem cruzar com uma mesma fêmea.
O formigueiro começa quando depois de fecundadas, as tanajuras, caem no chão, perdem suas asas e escavam a primeira “panela”, fundando assim, um novo formigueiro. A futura rainha traz no aparelho bucal uma bolota de fungo de seu formigueiro natal e a regurgita no novo sauveiro, irrigando-a depois com suas fezes. O seu papel é o mais fundamental na colônia: somente ela põe os ovos dos quais nascem todas as outras, isto é, ela é a “mãe” do formigueiro controlando através de hormônios, toda formação das operárias que dedicarão toda sua vida ao sucesso do formigueiro. Apenas cerca de 0,05% das tanajuras fecundadas chegam a fazer as escavações e demais tarefas para a fundação de um novo formigueiro. A maioria é devorada por aves em pleno vôo nupcial.
As tanajuras têm o abdômen mais desenvolvido para abrigar os óvulos e armazenar os espermatozóides.

Saída do ninho de origem. Geralmente existem 7 machos para cada fêmea.

Depois de fecundada a fêmea cava o solo para iniciar a formação do novo ninho onde ela será a rainha.

Elas trás uma porção de fungo do ninho de origem. Esta será a base da fazenda de fungos do novo formigueiro!

Ovos primeiros ovos são origem a operárias que trabalham duro para o crescimento do formigueiro.

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