A asma brônquica é uma doença pulmonar, que pode pôr a vida em perigo e, com freqüência, trata-se de uma doença crônica, isto é, a pessoa pode desencadear diversas crises por toda a vida. A asma brônquica causa problemas respiratórios, os quais, quando agudos se chamam ataque ou episódios de asma brônquica. Não se sabe até hoje como a pessoa adquire a asma, entretanto uma vez que se tem a doença, os pulmões podem reagir a estímulos e desencadear os ataques. Uma simples secreção gripal de resfriado ou infecção pode provocar uma crise asmática (Ballone 2001a).
Segundo Teles Filho (2003), em 2600 a.C., a asma foi descrita pela primeira vez no livro médico “A Teoria do Interior do Corpo”, conhecido como “Nei Ching”, escrito por Huang-Ti, o imperador amarelo. Em 1550 a.C., em Tebas, nos papiros de Ebers existiam algumas referências à asma aguda, cujo tratamento consistia na utilização de fezes de crocodilo ou de camelo associado a ervas como o meimendro ou cebola. Hipócrates (460-370 a.C.) descreveu a asma como um castigo divino, semelhante à epilepsia.
Thomas E. Willis (1621-1675), médico inglês, foi o primeiro a reconhecer que a asma se tratava de uma doença brônquica, ocorrendo uma constrição brônquica. Identificou um tipo de asma meramente pneumônica, onde as vias aéreas estão obstruídas e outra convulsiva, de origem nervosa, sem obstrução brônquica, provocada por uma câimbra das fibras móveis dos brônquios e vasos dos pulmões, diafragma e músculo do tórax. Em 1968, John Floyer fez referência a predisposição hereditária da asma, o qual identificou a diferenciação entre a asma convulsiva e a asma periódica, observando as reações dos pacientes na poluída e enfumaçada Londres, associando a qualidade do ar às crises de asma (Teles Filho, 2003).
Rozov (1999) define asma como uma condição clínica, alérgica, levando à hipersensibilidade brônquica. Esse fator está presente na formação dos pulmões, podendo combinar com outros fatores como alérgenos, temperatura, poluentes, umidade do ar, emoção, drogas, corantes, ocorrendo a crise conforme o grau de reatividade das vias aéreas.
As lesões das vias respiratórias podem ser crônicas, todavia, os quadros agudos são caracterizados por uma resposta aumentada da traquéia e brônquios, manifestada por estreitamento generalizado das vias aéreas secundárias a broncoespasmo (diminuição do calibre das vias respiratórias), edema de mucosas (inchaço) e hipersecreção (aumento de catarro ou muco). A resposta inflamatória tem sido apontada como a principal manifestação da asma (Holly e Holly, 1997).
De acordo com Rozov (1999), a asma aguda é uma desordem bastante comum, caracterizada por ataques de falta de ar ou sibilância (chiados), com variáveis graus de obstrução de vias aéreas. Como as respostas individuais são de vários tipos, o prognóstico da doença está relacionado com o grau de obstrução e a resposta que as vias aéreas dão aos diferentes estímulos. É possível que essa resposta esteja associada com determinados fatores, como idade, apresentação inicial do quadro obstrutivo e tabagismo na família.
Para Guyton (1987), a asma é vista, geralmente, como uma hipersensibilidade alérgica a substâncias estranhas no ar, principalmente o pólen das plantas. Os efeitos das reações alérgicas aumentam a resistência das vias respiratórias, o diâmetro dos brônquios diminui especialmente na expiração e em seguida abre um pouco durante a inspiração. A pessoa asmática pode inspirar apropriadamente, mas tem grande dificuldade de expirar, produzindo dispnéia ou falta de ar. O volume residual pulmonar aumenta muito durante a crise asmática devido à dificuldade de expirar.
Thorwald e Dahke (1997) definem o ataque de asma como um sufocamento que põe a pessoa em risco de vida. O asmático recebe em demasia o ar, os pulmões incham muito provocando um espasmo no momento de expirar, retém o ar e acaba se envenenando pelo fato de não conseguir expelir o ar usado. O fluxo respiratório é comparado ao equilíbrio de relacionamento entre o dar e receber de outras pessoas no seu relacionamento.
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